Eu não sabia se vivia, se era, não sabia como reformular o caco do ovo, não sabia como dar forma, como recriar, como manter e eu queria... Ou não queria? Saberia eu dizer quando um coração inocente sofre qualquer dor? Saberia eu sonhar as suas realidades por uma vez mais? Saberia eu sofrer uma última vez pela sua descoberta? Saberia eu sofrer pelo meu adeus? Mas, tudo bem. Não precisamos falar das desilusões que a vida desencadeia dia-a-dia, nem precisamos repetir o que já foi dito, o que todos já sabem... Amor fere, eu sei... Mas, é espetacular quando se sente, é adentrando as portas do céu e inferno a qualquer hora, é tocando a alma feito um surdo-mudo... E se desejas descobrir o que é real ou não, escolha viver, escolha ser a metade de algo... Não somos inteiros nessa vida. Somos toda uma metade incompleta até que acabe. A morte é a forma completa de se dizer que estou, que sou, que fui... E que não serei mais. Entendem estas alusões que me ocorrem, essas palavras intrínsecas que me desgastam? E eu precisava re-morrer, re-viver, re-criar... E da forma que não me deixam sentir, que não me deixam ser, que não me deixam fazer; não sei se chego lá. Se quero estar lá, se compreendo a dimensão de onde vou; para onde vou, para onde chegarei e se voltarei um dia...
Mas, no fim das contas se ama? E se ama com desespero, se ama com fogo, se ama em desgraça, se ama... Ama a si mesmo e ao outro, desvencilha-se das crenças e criam-se novas e quando acaba não sabe como é re-viver ou voltar a ser o que era, não sabe o que a liberdade implica, se a liberdade está, se quer essa liberdade de volta... Só se sabe que vive, que vive pela metade, que vive em vala, que vive num breu e caos... Até que se compreenda que se perdeu o que não se soltou, e a compreensão se torna impossível, só deixa ir.
Eu quero muito ser feliz. Mesmo que eu não saiba o que é felicidade.
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ResponderExcluir"E se desejas descobrir o que é real ou não, escolha viver, escolha ser a metade de algo... Não somos inteiros nessa vida".
ResponderExcluirUm frase que eu já anotei e levarei comigo. Muito lindo, apesar de todas as palavras fortes e seus sentidos. Adoro o que você escreve, meu dengo. (: