“E quanto mais te tenho preso em minhas mãos, maior os espaços entre os dedos pro teu escape.”
Diria talvez que os refreamentos que tenho feito durante este tempo de solidão não me serve de nada quando um sentimento novo surge. Eu preciso de amor, preciso estar constantemente me doendo e sofrendo, me redescobrindo na relação a dois, refazendo os passos da felicidade e sentindo a faca do abandono atravessar meu corpo. Fazer meu punho se contorcer e remoer todo o passado, concluir e jogar fora em uma parte onde doerá quando eu vir, sangrará quando eu sentir, chorará quando eu não suportar.
Então abrirei o meu corpo novamente, sairei despido hoje. Inteiramente nu para que vejam e adentrem a minha covardia, os meus anseios e a minha sede, sede essa que escapa a todo instante... E solverei, dissiparei, cairei. Erguerei-me também, para que enfim possa mostrar que fui grande, soube sim cair, assim como tive a glória de levantar e criar a dor, sofrer a dor e morrer de amor, mesmo que uma vez mais... Mesmo que esse amor seja sozinho.
(Créditos pelo título à Andréa Laryssa Almeida Reis)
Bem isso mesmo. ._.
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