Me faltaram tantas coisas... E de certas coisas tive medo, tive medo dessas coisas que me partiam e me abriam e me destruiam e me olhavam e iam embora... Tive medo do dia, que vinha tão cheio de gente, tinha medo do calor que me atacava e me tirava a única coisa que me fazia confiante, e eu me desdobrava, me enganava, chorava como um alguém sem colo e me desesperava e me iludia, e me cansava... E ficava ali, perdido, no meio da janela, com um cigarro aceso - o mesmo de sempre - e tinha medo da novidade, medo!
Oh! Que coisa mais medonha, em outro tempo qualquer me diriam que não era e que se fosse, desvirasse, que se não fosse, ficasse da forma que estava... E eu aludido em meio a coisas de quem diz que pretende, não pretendia nada... E te fitava em meio a praça e você nem ligava, porque zé ninguém nem importância tem. E tudo bem, te olhar, te imaginar e acordar depois... Tudo bem. E foi passando, foi morrendo e foi...
Fez frio...
Frio fez...
Passou também.
E era noite, depois dia, sem medo algum se anda, se vai, se acredita... Ora essa, é só mais uma ilusão e quantas mais não te faltam? Não me faltam... Não me enganam?
Faz frio...
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